quinta-feira, dezembro 29, 2011

Ausência

Estas ausente,
E presente,
Como quem sente,
O que não existe.

A essência,
Da tua ausência,
que com persistência.
Sobrevive.

Uma palavra lançada ao ar,
Sem  esperança,
Uma pequena lembrança
Que não sabe voar.

O recordar eterno,
De uma despedida,
Que guardo neste caderno,
Onde ainda tens vida.

Um verbo amar,
Incompleto sem ti,
O verbo odiar,
Por tudo o que perdi.

A dor, dolorosa
De quem perdoa,
O que não pode ser perdoado.

Uma tempestade,
De palavras bravas,
Reflexo da saudade,
Quando tu ainda amavas.


André Henry Gris

quarta-feira, dezembro 21, 2011

A Noite

Palavras adormecidas,
Despertas pela lua,
Que embala poetas,
Abraçados a uma dor crua.

As estrelas,
Observam o poeta corajoso,
Testemunhas silenciosas,
Desse doloroso, sentir.

Letras delineadas,
Na beleza da escuridão,
Colhidas,
No compasso da solidão.

Promessas,
De noites sem dormir,
Cinzas queimadas,
De palavra sem sentir.

O Sangue escorre,
Sem estancar,
E lentamente morre,
Para quem não soube amar.

Palavras vazias,
Vencidas,
Por o nascer do dia,
Que adormece a poesia,

Até que a noite desperte,
A poesia que ficou por escrever.
E a dor que ficou por esquecer.