domingo, abril 05, 2015

O vazio da noite

As palavras espalham-se num chão a deriva, sem rumo. Os meus pés arrastam-se por entre o peso das palavras caladas que inundam o meu mundo. O poema não nasce nem morre, escorre por entre os meus dedos e junta-se as palavras espalhadas que navegam a deriva. A noite calada observa o que a ausência reserva, o silencio das palavras que piso, em alusão a dor vivida. As palavras espalham-se foi assim que comecei e que continuo, num poema nu, que recusa vestir a roupa espalhada no chão de uma noite de paixão, como as palavras perdidas numa noite de inspiração.

Sem comentários: